é bom viajar...

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quarta-feira, 1 de setembro de 2010

sábado, 21 de agosto de 2010

Como a dor se transforma.

Ela veio na sua fortaleza.
Instalou-se na sua fúria.
Feriu, machucou, fez sofrer
No sua dor mais densa.
Sufocou,
Quase fez morrer.
Desestruturou
Fez tombar.
Mas aos poucos
foi se retirando
bem devagar
Que é para não se esquecer.
Vai se retirando
Vai dizendo ainda estou aqui
Vai dando pequenos adeuses,
todos os dias.
Às vezes volta implacável.
Destruidora, mas logo se
acalma e se recolhe.
O fato é que ela está
sempre lá, adormecida como
um belo e imponente VULCÃO.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Tudo vale a pena se a alma não é pequena?

Será se tudo vale a pena?
Se temos que abrir mão de algo
para ter que viver...
Será se não é melhor apequenar
a alma, de vez em quando.
Será se essa curva em que estamos
já não é demasiadamente entediante.
Tudo vale a pena.
Nada vale a pena, eu digo.
Nada vale a pena, eu repito.
Nada é tão importante que valha
alguma coisa.
Tudo é passível,inexorável.
Tudo é imoral,irracional.
Todo o homem não vale a pena.
Não vale a pena ser lembrado,
admirado, pesquisado...
Só vale a pena viver bem mal
o seu péssimo dia.

Você será um sucesso? - Superinteressante

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terça-feira, 29 de junho de 2010

Vontade

Hoje acordei com vontade de escrever.
Escrever algo que me significasse,
Algo que me fizesse perceber
quem eu sou.
Relembrei o passado,
Refiz minhas estradas,
Percorri, de mãos dadas com
a vida, a minha vida.
Mas não me achei,
Não me percebi,
Não me reconheci.
Estou só, maravilhosamente só.
Todos partiram,
Todos foram se encontrar,
E eu fiquei,
Juntando os pedaços de vida
Que me sobraram.
Colando a minha dor, uma na outra,
Para poder me ver, me enxergar de novo
Tentar, ao menos, viver.
Viver simplesmente.

Meus sonhos

Sonhos, ah! sonhos...
de menina , de mulher.
Sonhos que se perdem
que se acham, que se escondem.
Sonhos que vão, que vem, que permenecem.
Eis os meus sonhos, inatingíveis, possíveis?
Sempre presentes.
Expulso-os. Ordeno-os que vão se embora.
Eles insistem em ficar, roer e remoer minha alma.
Minha alma inquieta e cheia de sonhos.

Vida artificial



A minha dor passeia. Ela anda por todos os lugares. Ela ri, trabalha, faz compras e reclama. A dor, por vezes se entristece, por vezes se alegra e por vezes ela só dói. A dor é incomodamente humana, é essencialmente fria, na sua mais terrível desumanidade. A dor chora, pede, clama, sofre... Muda-se às vezes, Vai para cama, levanta, alimenta-se. E repete o velho clichê "amanhã é outro dia". Mas o amanhã sempre vem , todo dia E a dor continua, infinitamente DOR.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

A vida e seus destinos ...

Eu me pergunto: como ser várias sendo uma pessoa só?
Como seguir em frente, quando se deseja voltar no tempo?
Como não lembrar, quando se quer esquecer?
Ponho o destino em minhas mãos ou o largo ali na esquina?
Qual opção de vida que mereço ter?
Vivê-la ou revivê-la.
Será se podemos dar um salto e recomeçar.
Não sei, me ensinem, me ouçam, me ajudem.

Anne